Fascínio que
se consuma no ato
E no ato se
alça tudo, irremediável
Aprisionamento
de mim fascinado,
Explorando
litorais de carne, salinas
Gotículas de
encanto ensolarando
O que não se
pode permanente
Porque só
nela, acidente ardendo
Enluarados
beijos, em carícias
Só dela,
agitação de ondas vorazes
Molhando-me
perplexo na areia.
É praia.
Manhã de domingo, dia
De festa aos
olhos, gaivotas em voo,
Pios
dispersos na cama e em mim
Desarvorado,
parvo apaixonado
Diante do
seu corpo nu, arquitetura
Que tudo
irreleva e reduz a nada,
Pura
imaginação de nauta à deriva,
Navegando
seu ser que embriaga,
Entorpece,
droga, reduz a instintos.
Ei-la
fascínio, sedução, borboleta
Sem asas,
adejando voos
De não se
sabe de onde, para onde,
Em baldeação
rápida, temporária,
Entre esse
instante e o nunca mais.
Francisco
Costa
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