Na madrugada
roubar o lírio mais claro
E da lua o
brilho pálido, esmaecido,
E salpicar
tudo com estrelas.
Sair em
busca de vagalumes,
Apartar sons
de grilos e sapos,
Localizar a
brisa entre as folhas.
Com palha e
plumas construir um ninho
E
contaminá-lo com odores de rosas,
Sabores de
anis e hortelã, textura de mel.
E então
tomá-la pelas mãos e, entre
Ternuras e
beijos, alisamentos, despi-la
Pétala a
pétala até só restar o miolo,
Arquitetura
de carne e músculos
Ornamentando
a madrugada.
Só então
fecundar o poema,
Para que o
dia amanheça
Prenhe de
promessas,
Numa
explosão de luz.
Francisco
Costa
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