Alucinadamente
louco
Vasculho
meus labirintos,
Entre
espartilhos e sorrisos,
Meias de
seda, cintas ligas,
Em atmosfera
de álcool e fumaça.
A orquestra
insiste em canções
De lamúrias
de cornos,
Desejos interrompidos,
Amantes
abandonadas.
No fundo do
salão, só shorts
E blusa
branca desabotoada
Ela me olha
nos olhos, atenta
Às minhas
reações e intenções,
Possível
cliente em potencial.
Aceno para
que venha, é rápida,
No seu corpo
de menina ainda,
De pouco uso,
pouco maltratada.
Dois camparys com soda depois
Eis-nos no
quarto, olhando-nos
Em
inquirição de quem começa.
Ao invés,
busco conversa,
Interrogo,
curioso e interessado.
Logo somos
velhos amigos,
Sem sexo e
segundas intenções.
E descubro
pureza e inocência
Em quem cede
o corpo
Mas mantém a
alma intacta.
Voltarei
mais e muitas vezes,
Só para
camparys e conversas.
Descobri que
nos puteiros
Podem se
esconder fadas.
Francisco
Costa
Nenhum comentário:
Postar um comentário