Exilo-me
No que em
mim não cabe,
Impertinência
mansa
De quereres
e desejos
Que regurgito
em silêncio
Na forma de
palavras.
Entre pronomes
e verbos
Semeio substantivos,
Adjetivos,
advérbios
Arrancados do
espanto.
Entre um
poema e outro
Dou provimento
à vida,
Esse enunciado
cotidiano
De exigências
monótonas
Dormitando na
impaciência.
Num comboio
de versos
Embarco nos
poemas
Tendo a
poesia por paisagem.
Fora da arte
e dos sonhos
A vida é uma
impossibilidade.
Francisco
Costa
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