domingo, 6 de outubro de 2013

Você mente, inventa, deturpa
Quando diz que fui criança,
Correndo nas ruas do bairro,
Entre brinquedos e brincadeiras,
Molecagens, peraltices, artes
De irritar pais e exasperar todos.

Mente quando me vê namorador,
Escondendo aqui, traindo ali,
Roubando beijos rápidos molhados
Em tempos de outrora, lá longe.

Mente, mente sempre,
Continuamente quando diz que fui.
Sou ainda aquele menino,
Aquela criança repetindo tudo.

Pena que o corpo não acompanha.

Francisco Costa

Rio, 01/10/2013.

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