Doente sim,
e orgulhoso disso.
Polipolar
num mundo de sem polos
Ou, no
máximo, bipolares em observação.
Sim, de
muitos polos que se alternam
E se
completam na alternância dos momentos.
Úmido polo
de entregas em camas, doação
A polos
outros em descargas de paixão.
Polo triste
e amuado, diante de cadáveres
Semeados em
esquinas, becos, na televisão.
Polo
multifacetado em observação, bebendo
Impressões
de cores e formas estampadas,
Matéria
prima para a ocupação da existência,
Convite de
perseguição ao inalcançável.
Polo de
indignação e tédio diante de outros
Polos,
energizados para alimentar polos
De energia
alheia e absorvida, expropriada,
Na forma de
acumulação do capital.
Polo
sensível e doce diante de polinhos,
Na esperança
de que polipolos também um dia.
Polo
compenetrado e sério, diante dos séculos,
Da
eternidade, do infinito, da divindade.
Polos,
polos, polos... Mil, sem contenção,
Em atestado
de doença de difícil contaminação.
Francisco
Costa
Rio,
02/09/2013.
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