Prisioneiro
dos meus princípios,
Concedo-me a
prerrogativa da dúvida,
Quando
enviuvado das vontades.
Há em mim
qualquer coisa que chora
E não se
justifica racional,
Ambicionando
sempre o impossível.
Sonho-me
alado, e em sonhos, voando.
E o que do
alto vejo torna tortura
O retorno à
realidade, palidez de morte
Estampada
nas caras dos homens.
Do alto não
vejo fome nem feridas
Postas em
lábios que se beijam,
Menos as
diatribes que fazem o cotidiano
Corroído de
lágrimas e vontades abortadas.
Talvez por
isso os vícios, as drogas,
O sexo
compulsivo, as religiões...
Asas a nos
tirar do chão.
Verme da
terra não me recuso à utopia
De voar. Sei
que não tenho asas,
Ma,s para o homem, não se ausentar
e permanecer no chão
Ma,s para o homem, não se ausentar
e permanecer no chão
É que é a suprema ilusão.
Francisco
Costa
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