Imagino-te
nua,
Vestida
apenas de ternura,
Reinaugurando
a juventude em nós.
Viveríamos
uma mentira
Porque não
se pode só ternura
O que lateja
desejo e posse.
Virias
vestida de roupas outras,
Em trajes de
pronta ao ato:
Animalidade
de fêmea mal contida,
Desempenho
de temporal em curso,
Entrega
radical de criança ao sono,
Entre beijos
e mordidas, orgasmos
Postos em
ostentação explícita
Ao que se
quer urgente e já.
E meus
olhos, inúteis porque cegos,
Não veriam
tuas roupas, abstratas
Embalagens
da ternura compartilhada.
Aliás,
diante de ti eu só veria a ti
E mais nada.
Francisco
Costa
Rio,
19/09/2013.
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