terça-feira, 10 de setembro de 2013

Ela pensa que dialética
É um sabor de sorvete
E macrobiótica,
Um micróbio grande,
Mas nua me encanta.

Gosto de Beethoven,
Ele prefere funk;
Prefiro telas abstratas,
Ela, fotos  do galã da moda,
Mas nua me encanta.

Quero-a de corpo nu,
Mas vestida de sabedoria.
Que falando, declame,
Despida, torne-se poesia.

Só que não mede palavras
E então, nua ou não,
Semeia em mim a agonia.

Ora em orgia, êxtase,
Pura alegria. Ora provação,
Um tiro no saco,
Impaciência em hemorragia.

E nessa alternância de emoções
Fundimos corações
Porque fusão de mentes é utopia.

Francisco Costa

Rio, 09/09/2013

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