segunda-feira, 9 de setembro de 2013

Abram-me as portas do dia,
Eu preciso respirar.

Já não me basto
Ou posso me conter
Nesta realidade fria,
Talhada em inocência
E omissão.

Abram as portas, por favor.
Aqui está frio e faz escuro,
As pessoas estão todas
Presas no espelho,
Ligadas a si próprias
Por um cordão umbilical
De papel e sonhos inúteis.

Arrombem as portas,
Derrubem-nas, agora!
Dias novos querem entrar.

Francisco Costa

Rio, 05/09/2013.

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