Pronto ao
verso, surpreendo-me nu,
Despido de
mote e motivo, inspiração.
A mente voa,
acompanhada do coração,
E corro ruas
e cruzo esquinas, rápido
Embora o
tempo corra mais, célere,
Pondo flores
em minha mão. Já cresci.
Agora,
predador farejando presas nuas,
Vasculho
corpos femininos, na busca
Da que se
fará única e definitiva, total.
E me
reencontro já não mais eu, outro,
Esse, debruçado
sobre a memória gasta
Vasculhando
os seus próprios pedaços,
Para
rejuntá-los, acanhados, em versos.
A vida é um
piscar, só um relance,
Só um soneto
que se quer romance.
Francisco
Costa
Rio,
18/09/2013.
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