Ovelha
negra,
Olhas para a
esquerda
Quando todos
olham para a direita,
E avanças
quando recuam,
Voando
enquanto marcham,
Marola de
não no oceano do sim.
Ovelha
negra,
Mordes o
proibido, degustas
O veneno da
acomodação e do tédio,
Para
regurgitar coisas novas,
Tintura
manchando o rebanho.
Ovelha
negra,
Garimpas o
cascalho dos dias
Na busca de
minérios insuspeitados,
Amanheceres
de novos sóis
E estrelas
novas, esculpidas
No que não
habita no rebanho.
Ovelha
negra,
Contramão no
trânsito da acomodação:
Fulgura em
ti a certeza de que a cerca
É só limite,
não impedimento,
E que do
outro lado verdeja exuberante
Um mundo de
ideias novas.
Ovelha
negra,
Tua cor é
gravidez, gestação
De dias
novos e melhores,
De homem
novo e diferente
Formando-se
em teu útero.
Francisco
Costa
Rio,
27/09/2013.
Nenhum comentário:
Postar um comentário