sexta-feira, 27 de setembro de 2013

Agora, submerso em meus desejos,
Primo pelo alheamento de mim em ti,
Dádiva em consumação de êxtase,
Pérola perdida, longe do meu rosário
De dores e impaciências, de esperas
Que se esmaecem quando chegas.

Terna e doce, esculpida em açúcar
E néctar, transbordas mel na cama,
Cálice onde acordo e me refaço.

És suco, sumo, pólen, melaço
Onde me vejo novamente jovem,
Dono de mim, no prumo.

Francisco Costa

Rio, 18/09/2013.

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