Senhor Obama
Pouco afeito
a rogar pragas,
Até porque
não acredito nelas,
Rogo-lhe a
praga de bons sonhos,
Segundo a
sua concepção,
Porque na
nossa, simples mortais,
Sem as
blindagens do poder,
Seriam
pesadelos:
Que o senhor
acorde súbito
No meio de
uma inexplicável explosão,
Os tímpanos
doendo, os olhos ardendo,
Para
conferir a sua plantação em chamas,
A sua casa,
todos os seus pertences,
Resultado de
uma vida inteira de trabalho,
Fazendo-se
pó, fumaça, poeira, nada.
E como
espectros surgido das sombras,
Sua mãe se
desfazendo em sangue,
Seu casal de
filhos mortos, como os da foto,
Seus primos
e primas, irmãos e tios...
Em pedaços
porque de partes decepadas:
Sem uma
perna, um, sem um braço, outro;
Despojados
de mão um, cego ainda outro...
Seu cãozinho
de estimação esmagado,
Parte dos
escombros de um muro.
Toda a sua
vida arruinada, destruída,
Reduzida a
nada sobre os seus olhos,
Sentados
numa pedra em prantos
Vendo os
aviões se indo, as tropas
Se indo, com
o dever cumprido:
Fazer do
tudo, nada. Do nada, tudo,
Esse resto
sentado em uma pedra.
E se
descobrir na Coréia, no Vietnã,
Na Líbia, no
Iraque, no Afeganistão,
Onde houver
a digital americana,
Em atestado
de pesadelos semeados.
Quem sabe,
ao acordar, pela manhã
O senhor
mude os seu propósitos?
E o mundo
acorde em paz?
Francisco
Costa
Rio,
04/09/2013.
Nenhum comentário:
Postar um comentário