Agora navego
canções,
Vivo-me
intenso em cada canção,
Punhais
sonoros em funcionamento,
Rasgando
carne e memória, sentimentos,
Em acordes
que insistem no tempo,
Interditando-me
a mim mesmo
Displicente,
habitando no outrora.
Eu não me
queria assim, moço cansado
Espelhado em
sons, momentâneos
Fixadores de
momentos que não pensei
Um dia
doerem tanto, a ponto
De não mais
me saber aqui, mas em voo
Distante,
colhendo matéria para lágrimas.
Agora, só
vertedouro de choro,
Enxugo-me em
versos pela metade.
A outra
ficou presa nas canções.
Francisco
Costa
Rio,
14/09/2013.
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