Rubro de
frustração e raiva,
Com a indignação do ultrajado,
Assisto o
velório da justiça.
Um colegiado
passional e raivoso,
Vendedor de
liminares e Habeas Corpos
Julgando
destinos, reputações,
Direitos de
ires e vires, pautados
Por seus
interesses mais mesquinhos.
Os mesmos
que dão liberdade a mafiosos,
Livra das
grades estupradores,
Fratricidas,
matadores de aluguel,
Usando dos
mesmos critérios mercantis,
Lavram
sentença acusatória e definitiva
Sobre
adversários políticos, imoralmente
Em culto ao
que não se pode moralidade.
Otimista
compulsivo, espero paciente
O dia em que
a mesma cela abrigará
Os que nos
assaltam com revólveres
E os que se
servem das canetas e leis
Para
interditar o nosso futuro,
Dia em que
ladrões de pés descalços
E ladrões
togados apodreçam fedorentos
Na vala
comum do opróbrio e do exemplo
Para as
novas gerações.
A justiça do
meu país tem preço,
Transita na
tabela de reais e dólares,
Navega num
mar chamado corrupção.
Francisco
Costa
Rio,
13/09/2013.
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