sábado, 28 de setembro de 2013

Silêncio, meu companheiro constante,
Casulo onde me abrigo e vivo,
Sempre atento ao que te rasga e interrompe:
O trinado do pássaro inaugurando as manhãs,
Os galos rasgando as madrugadas, os sapos
Em sinfonia de coaxos amanhecidos tristes,
As vozes que não ferem o silêncio, mudas
Porque silenciadas em minha memória atenta,
esperando que acordem do silêncio
e reinaugurem a algazarra de natais e carnavais.

Silêncio, mundo de palavras só pensadas que,
Impossibilitadas de gritadas, tornam-se versos.

Francisco Costa

Rio, 19/09/2013.

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