Preciso
lavar o meu coração,
Ensaboá-lo
de esquecimento,
Torcê-lo com
a força da omissão,
Colocar no
varal do passado apagado.
Assim,
comedido e só sorrisos,
Reinaugurarei
motivos gastos,
Argumentações
inúteis, beijos
No que se
pede frugal e vazio.
De coração
limpo e superficial,
Recitarei
versículos e códigos de leis,
Cabeça
baixa, coração em riste,
Mostrando a
felicidade possível,
Desde que
individual, cega
Ao que suja
e encarde corações:
As misérias
alheias.
Vou me
converter à omissão,
Me disseram
que não dói.
Francisco
Costa
Rio,
02/09/2013.
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