O dia
amanheceu triste, sonambúlico.
Apesar do
sol, andamos de cabeças baixas,
Com medo,
cada brasileiro é um suspeito.
Há guardas
armados nos portões e soldados
Postados em
cada consciência, tolhendo
A
espontaneidade e a inspiração.
Amanhã os
estudantes cantarão o hino
Como se
entoando uma canção de medo,
E todos são
réus pelo que pensaram,
Intentaram
ou fizeram. Há medo.
Os sorrisos
estão escondidos, mascarados
Em
felicidade postada em ato institucional.
O embaixador
de maligna potência assumiu,
Postando um
ditador de plantão.
Está
instaurada a república da mordaça,
A democracia
das algemas, o poder da tortura.
O golpe
pedido chegou, a direita voltou.
Há arame
farpado nas fronteiras, e porteiras
Dosam e
limitam a luz do sol e a esperança.
E acordo e
percebo que os se travestiram
De leões
rosnando sobre nós
Revelaram-se
apenas ratos.
A vida
segue, os sorrisos estão livres,
Os poemas
continuam possíveis,
E a moça na
janela continua mais que assediada,
Possuída em
todo o seu esplendor
De se
entregar a todos sem perder a pureza.
O nome da
moça é liberdade.
Francisco
Costa
Rio,
08/09/2013.
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