Flor de
primavera que debrua em carne
O jardim em
que transforma minha cama:
Acaso não
sabes que não nasci para aqui,
Para me
fundear como nau em chegada?
É propósito
e intenção o navegar sempre,
Vasculhando
portos interditos, proibidos,
Escondendo prazeres
a serem declarados.
Não nasci
para a brisa litorânea, delicada,
Mas sem os
atrativos das borrascas, do ar
Em revolta,
desafiando naufrágios e morte.
Não! Eu sou
o que se quer livre das amarras,
Longe das
enseadas, das baías, das restingas
De permanente
paz e consolo, acomodação.
E agora...
Agora chegas, âncora de desejos
Corrompendo intenções e vontades, louca,
No desvario
de me aposentar, comandante
Ancorado
onde pensou nunca chegar.
Francisco
Costa
Rio,
20/09/2013.
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