Lento, o
tempo
Foi me
tomando tudo:
Primeiro a
inocência e a confiança,
Que me
fizeram ver tudo bom e em ordem.
Depois
tomou-me a calma para esperar,
Criando
oportunidades de ânsia e tédio.
Logo
apartou-me da parcimônia,
Da contenção
em mim mesmo, só,
Apontando em
corpo feminino
Parte que me
complementa.
Aí me roubou
a liberdade, mostrando
Que ser
livre não é relatividade espacial,
Mas cardápio
de infinito e variados pratos
Prontos para
a insaciedade da gula interior.
Logo
roubou-me o brilho dos olhos,
A
elasticidade da pele, cabelos, alguns dentes,
Fazendo-me
estranho a mim no espelho.
E continua
roubando... Quase tudo.
O tempo só não
me roubou a esperança.
Mesmo quando
eu estiver morrendo,
Na hora da
derradeira despedida,
Brilhará
ainda em mim a esperança
De que estou
partindo para uma nova vida.
Francisco
Costa
Rio,
13/09/2013.
Aii que triste...não, não podes pensar assim! "...E continua roubando... Quase tudo.
ResponderExcluirO tempo só não me roubou a esperança...." E que jamais percaremos, simplesmente por sermos filhos Dele, nosso querido Pai, que nos quer felizes...infinitamente, Francisco!! Beijos Poeta amado <3