sábado, 1 de junho de 2013

APREENSÃO

Quando alvorece
E o mundo se tinge de cores,
Faço-me despedida.

Simples precaução.
A morte ronda, atenta
Às oportunidades,
Em pronta espera,
Como predadora em fome,
Obstáculo irremovível,
 consumação do irremediável.

E se vã a despedida
Porque novo alvorecer
No dia seguinte,
Durmo com o alívio
Do que não sucumbiu por pouco.

Francisco Costa.

Rio, 06/04/2013.

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