terça-feira, 30 de julho de 2013

AMAR

Amar. Sim, amar
Com a compenetração da criança diante do brinquedo,
O afã da dedicação do pássaro diante das crias,
Em incansáveis vôos e permanente coleta do futuro.

Amar com o desprendimento do cão que lambe por nada,
Pura manifestação de gratidão pela existência do dono,
Sem timidez, vaidades, questionamentos menores.

Amar sem cobrar o passado, que já foi, está morto,
Nem comparar porque nenhuma flor se repete
Na cor e no espaço, fazendo-se preciosa porque única.

Amar como se o objeto do amor fosse parte de si
Que não se quer amputada, por necessária e urgente.

Amar, simplesmente amar, e esperar
Porque todo o resto será consequência.

Francisco Costa

Rio, 30/07/2013.

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