sábado, 20 de julho de 2013

FAZ INVERNO AGORA

Nublado, sujeito a relâmpagos, chuvas,
Trovoadas, o meu coração, tempestade
Em fim de tarde, reclama sua presença.

Ainda ontem, tórrida ostentação no dia,
Brilhava em ferino fulgor, solar sorriso
Clareando intenções e caminhos, livre.

Agora amuou, anuncia invernadas frias,
Entre silêncio e cobertores, observando
Verões que já foram e insistem, em luz
E movimentos, enterrando em definitivo
A definitiva possibilidade de se ensolarar.

A memória é um ato falho do coração.
A saudade, desmedido pranto calado,
Lágrimas choradas ao avesso,
Para dentro.

Francisco Costa

Rio, 20/07/2013.

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