Quando o
peso da noite cai sobre os meus ombros
Navego
canções antigas, entre navalhas e cortes,
Buscando
meus pedaços dispersos, apartados,
Como filhos
sequestrados e que não voltarão.
Que maldição
é essa, a de garimpar sons no silêncio
E me buscar sempre
onde jamais estarei ou estive,
Em mim mesmo
sorridente e calmo, livre de versos,
Como
qualquer um, cumprindo a própria existência.
Purgo dores
que não são minhas, disso tenho certeza.
São tantas e
tão intensas que não as posso suportar,
Morrendo lentamente,
só, entre pássaros e poemas.
Francisco
Costa
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