sábado, 20 de julho de 2013

ENCONTRO POR ACASO

Longe plange um violão.
Em redondilhas ela se acerca,
Esculturais medidas
Mal dimensionadas no vestido.

Mal contido em meu ímpeto
Comungo agora o inapreensível,
Vergasta de sensações urgentes
Escorrendo na luz da manhã.

Nela música e cor coabitam
Em brilho próprio, diferente.

Se acerca, sorri, sabe meu nome.
Sim, sou eu mesmo. Tece elogio,
Mero agrado por que imerecido,
Pura gentileza dos educados.

Conversamos olhando o mar,
Colcha que aquece o planeta
E sustenta os enamorados.

Logo nossas mão se tocam.
Mais que luz e música,
É elétrica, purga energia.

Pago a conta, nos levantamos
E caminhamos a esmo, no cais,
Lentos, como quem nada quer.

Daqui a uma hora a surpresa:
Não é uma deusa, é uma mulher.

Francisco Costa

Rio, 09/07/2013.

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