Pra Sonia
Costa, in memoriam.
Revendo o
meu arquivo de emoções
Encontrei o
teu rosto,
Lua rosada
em início de noite.
Memória a
postos, tateei lembranças,
Rastreei
momentos, enlevado e doce,
Profanação
ao homem duro e triste
Que hoje
ostento em cansaço e tédio.
Eras
extensão do todo, de tudo,
Partícula de
cada coisa em teu rosto
De lua
rosada em início de noite.
Tivesses
enluarado os meu caminhos,
Hoje eu não
seria esse caçador cansado,
Esperando
luas mortas no verão passado.
Triste
perseguir na busca de amanhãs
Quando nos
sabemos parcial, pedaço,
Porque uma
parte se perdeu no passado.
Mais triste
sustentar a caminhada
Sabendo que
o tempo é irreversível,
Cochichou em
meu ouvido: voltar, não.
Francisco
Costa
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