Se o amor,
esse chantagista totalitário,
Sem
princípios e sem pudores,
Já o
assaltou e subverteu, embebedando,
Apontando
versos, crianças e flores,
Anunciando
alvoradas claras, mornas,
Ainda que de
inverno, chuvosas e frias.
Se a
ansiedade e a urgência o cingem
Em aperto de
coração pronto à doação,
E já mais
nada importa e tudo incomoda
Porque
miúdo, pouco diante do adiante
Apontando
beijos de não ter fim
E posses
definitivas, orgasmos coloridos
E sorrisos
permanentes, amanhecidos
Do
injustificável acampado em você.
Se as horas
agora correm lentas
E cada
minuto é oportunidade de espera,
Vai ao
florista mais próximo e saca o cheque:
Há
guirlandas, arranjos, buquês... Flores,
Essas coisas
coloridas e aromáticas,
Feitas para
espalhar pétalas e forrar camas.
Francisco
Costa
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