Quero te
amar com a intempestividade dos loucos
Que esperam
o fim dos tempos no minuto seguinte,
Com a
sofreguidão sem parcimônia de última vez.
Quero-me
desorientado em laceração radical
De peito
aberto, coração a mostra e mãos nervosas
Alternando trabalhar
no mármore e podar flores,
Entre a
devassa e a rendição, alternância de vontades.
Quero-me
inteiro e integral, apartado de tudo o mais
Que não
tenha em si uma ode, luzes, uma sinfonia
De carícias
derramando-se sobre o teu corpo desnudo,
Até que o
silêncio se faça pausa anunciando recomeços.
Francisco
Costa
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