O insólito
me cochicha no ouvido.
Sem
alternativa de fuga ou surdez,
Capto
palavras estranhas, doentias:
Cartilagens,
palidez, esqueletos.
Tento
ordenar em versos, rápido,
Antes que se
apaguem, fugidias,
E impeçam a
estrutura e o ritmo
De novo
poema em parto urgente.
Há dentes,
olhares embaciados,
Imobilidade
e morte, espectros
Escuros
deslizando em névoas.
Hoje é folga
do meu anjo,
E o que veio
está de mal comigo.
O que eu
supunha poema é susto,
O susto,
janela para a realidade.
Anuncia-se
temporal,
Chove em
mim.
Francisco
Costa
Rio,
02/07/2013.
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