Perdido do
que não sei, esquecido
Antecedo-me
estranho, diferente.
Agora, só a
estranheza, o não saber,
O vazio de
pretensões, sem vontades,
Mero vegetal
plantado na paisagem,
Alheio e
mudo porque já não me basto.
Passivo
observo-me como se a outro.
Eu não me
queria assim, triste e só,
Contabilizando
perdas e abandonos,
Mera máquina
desligada no passado.
Amputado de
mim, fiquei no que fui,
Reduzido
agora à escrita permanente,
A esse
digitar frenético onde me busco.
Falaram que
amanhã fará sol.
Tomara. Velórios
com chuva são tristes.
Francisco
Costa
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