sábado, 20 de julho de 2013

FESTA JUNINA

Não sei se inspirado
Em transe mediúnico
Beirando a insanidade
Hoje me vejo longe
Em caminhos pisados
Mas que persistem.

Cercado de bandeirinhas
E lanternas, amiguinhos
Divido-me na fogueira,
Correndo atrás de balões
Acendendo morteiros,
Estrelinhas e rojões.

Há guloseimas nas mesas
E refrigerantes gelados
Coisas só desses dias
Na pobreza de todo o ano.

Tamanquinhos de madeira,
Shorts e camisa colorida
Sob o chapéu de palha
Eis-me menino em festa.

Um dia serei grande
E descobrirei tarde
Que quando puder
Custear festas
Não haverá mais graça
Não serei mais menino.

Francisco Costa

Rio, 29/06/2013.

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