Agora só a
tristeza,
Esse olhar
embaciado,
Em
permanente sombra.
Minha
munição acabou,
O combate,
não.
Esgotada a
minha reserva de sorrisos,
De
paciência, esperança... Só me resta
A
expectativa de mais poucas páginas
Nesse meu
livro da existência.
Pouco se me
dá se lá fora, no jardim,
O dia espoca
em floradas ou chove,
Se amanhã será
dia útil ou feriado
Porque todos
tão iguais, de silêncio
E ausência
de esperas, vazios,
De ponteiros
lentos, quase parados.
Em mim neva.
Trancado para o mundo,
Observo todo
o já observado, analisado,
Com a
sensação de diante do inusitado.
Tornei-me
estranho, acaso em trânsito,
O próprio
tédio em consumação,
Penitência
permanente, morte lenta.
Parece que
plantaram em mim
A dor de
todos,
Mas só me
deram um coração.
Francisco
Costa.
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