Alucinadamente
louco,
Puro
arbítrio à sensatez,
Sem
deferências e importância
Presto culto
ao que não se pode,
Irreal
suposição na tarde.
Os meninos
não sabem do sexo,
Por isso
seus solares sorrisos,
Suas
corridas permanentes
Entre o
berço e a eternidade.
Eles não
conheceram ainda
A
possibilidade do alheamento,
O
experimento da alienação
Em outro
corpo, apartando-se
De vontades,
ideias, convicções,
Reduzidos a
simples latejares
Em trânsito
para o prazer.
Por isso
neles a inocência
Dos que não
se sabem só parte,
Pedaços
buscando complementos.
Já os loucos
vivem de sonho único,
Inquilino de
todo os órgãos
Em
permanente síndrome,
Amargando
abstenções,
Saudades,
irreconhecimento
De si
próprio encarcerado
Na memória.
Francisco Costa
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