Mero vulto,
simples espectro,
Sem palavras
vago alheio e só
Nos umbrais
da insuficiência.
Há em mim a
necessidade urgente
De me por em
comunhão, ponte
Entre a
pretensão e o gesto.
Não me basto
calado, menos
No
encolhimento indiferente
Do silêncio
e da solidão.
Há em mim um
imperativo de atos
Aguardando
que me consuma poeta
Teclando minhas
chagas abertas,
Sangrando o
que se anuncia saudade.
Longe de
amigos e leitores
Só a vontade
inconclusa
De me por ao
alcance,
E ao alcance
me fazer presente.
Longe e
calada, anônima,
A poesia não
se justifica.
É flor que
desabrocha no deserto,
Exuberância
para os olhos de ninguém.
Francisco
Costa
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