Indeferida
ao projeto do prazer
Ela se
mantém alheia e só,
Bastando-se
no que pensa,
No quase
nada que sabe,
Certa de ter
o mundo nas mãos.
Reduzida a
só corpo e apreensões,
Ambiciona o
inacessível, impossível,
Porque busca
fora o que a habita,
Inconsciente
do que pode e seria.
Nela tudo é
pequeno. As vitórias,
Porque
automáticas e materiais;
As derrotas,
porque passageiras
E logo
esquecidas, para repetir-se
Em monotonia
do imune ao novo.
Talvez por
isso o descolorido do olhar,
A repetição
constante das reclamações,
A ingratidão
de não reconhecer,
A busca
incessante de culpados
Para
justificar a safra que ela planta
Em equívoco
que se repete ao infinito.
Quando a
maturidade chegar, um dia,
Entre netos
e rugas, lágrimas, lastimará
O remoto habitando
o presente,
E como
sempre, encontrará culpados.
Francisco
Costa
Rio,
22/07/2013
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