Quero-te
como se querem tardes as manhãs,
Com a obrigatoriedade do destino certo,
Imposto pela
ordem natural das coisas.
Teu corpo,
tenro acidente no meu percurso,
É agora
parte do que não ouso apartar
Porque já
parte de mim limitado e tosco.
Moro agora
em ti e em ti fizeram morada
Ambições e
razões pra versos, vontades
De
sensualidade esfomeada, permanência
De cios,
desejos interpostos, oscilando leves
entre o céu
e esse cotidiano tão seco e frio.
Até antes
fui busca e espera. Agora, viagem
De destino
certo, sem baldeações e paradas,
Danço
harmonia em acorde único, no teu corpo,
Seara de
préstimos exigindo desse caminhante
A
persistência na marcha, até a consumação
Dos dias,
das horas, de cada minuto, até o final.
Renasci em
ti para em ti morrer, afinal.
Francisco
Costa
Nenhum comentário:
Postar um comentário