sábado, 20 de julho de 2013

DESÍGNIO

Mero apêndice do papel, um dia,
Agora prolongamento do teclado,
Não sei viver senão escrevendo,
Passando a limpo o que vai em mim
E me reestruturando outro a cada dia.

Quem me vê assim distraído,
Aparentemente absorto no que faço,
Envolvido com aulas, quadros, discursos,
Jamais imaginaria que aí  só me dou parte,
A mais passageira e superficial.

Nasci para me constar em versos
E me anunciar em textos.

São contos, crônicas, poemas...
Anunciando-me silencioso menestrel.

Escravo da escrita e dos sonhos,
Nasci com a alma presa no papel.

Francisco Costa

Rio, 01/07/2013.

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