Submerso em
teu corpo,
Em mergulho
radical,
Já não me
sei se no mar,
Em mim, em
ti, no espaço.
Há a
vertigem, ausência
De peso e
sentidos,
Torpor do
alheio e distante,
Em
provimento do instante.
Com a
umidade do mar
No entanto
és tudo:
Ausência de parcimônia,
Rompidas
contenções,
Embate de
contrários
Em cósmicas
explosões
De orgasmos
e amanheceres.
Tudo em ti
purga, lateja,
Como as
ondas na areia,
O faiscar de
estrelas.
Rendido,
deixo-me levar
Nesse
mergulho que não sei
Se no
espaço, se no mar.
Francisco
Costa
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