Antes mesmo
que a manhã se instale em meu jardim,
Acordando as
cores adormecidas nas sombras da lua,
Surpreendo-me
com um poema na cabeceira, rindo,
Indagando-me
as intenções e propósitos, vontades.
Não é um
poema qualquer, vestido de palavras gastas
E estilo
pessoal caminhando em linha, irmanando-os.
Este cintila
de luz própria, brilha em si, é só cores
Na passarela
dos meus olhos extasiados, sonolentos.
Também não
está estático, em pose fotográfica, parado,
Como se
aguardasse quem o animasse e fizesse vivo,
Caminhando
na paisagem mental do leitor. Esse dança,
E despido de
todos os falsos pudores, dos preconceitos,
Acorda-me em
algazarra de fim de mundo, em festa,
Num
apocalipse ao inverso, gritando solto e rasgado:
Vem que a
vida parou. Despe-te de ti mesmo e vem,
Afinal, hoje
podes sorrir, não dói, amanheceu carnaval.
Francisco
Costa
Que lindo...beijos Francisco, belo poeta! <3
ResponderExcluir