Ê, amigo!
Olha tua namorada,
tua esposa,
teus filhos, teus vizinhos,
e pensa:
poderiam estar na boate.
E não fosse
o fogo, seria um enfarto,
um mal
súbito, um carro desgovernado.
Pensa que
não fosse um deles,
mas tu mesmo
se consumindo
no fim do último
instante.
Despe-te da
tua arrogância, da vaidade,
da tola
importância que te atribuis
e
silenciosamente abraça e beija
como se
fosse a última vez.
Certamente
não compreenderão
teu gesto,
talvez inusitado,
mas em ti,
estará sorrindo um coração,
leve,
sorridente, realizado.
Francisco
Costa
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