É uma mulher,
só uma mulher,
não mais que
uma mulher,
quando,
fêmea em ânsia
se debruça
em si e, só mulher,
inaugura
tudo, o mundo.
Fosse mais,
seria comum, trivial,
um detalhe a
mais nas horas,
mera flor
entre flores, baldia,
quase
anônima, disfarçada, igual.
Mas não!
Essa é só uma mulher,
corpo e
mente, sentidos, tudo
posto na
consecução do momento.
Terminado o
ato, ela se veste e,
senhora,
mamãe, igual a todas,
imersa em
respeito, considerações,
finge ter
esquecido abandonada
morta,
aquela mulher adormecida
sorrindo
ainda em minha cama.
Francisco
Costa
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