Ê, amigo,
soube que fui assunto
entre
cervejas, risos e filosofias,
quando me
definiram estranho,
um tanto
exótico, ultrapassado.
Engraçado é
que ouço tudo isso
desde tenra
idade, ainda criança:
ele faz
versinhos, gosta de flores,
gosta de
livros e desenha, coitado.
Alguns
creditaram à conta de lucro:
predestinado,
bênção, tem futuro
talento
inato, dom reencarnatório...
Outros
debitaram à conta do deve:
tem um
parafuso a menos, doente,
coitado,
morre cedo ou fica viado.
Vê, amigo é
o preço da paga
de ser
diferente, o que não dói
nem
incomoda, lhe garanto.
Porque ser
igual a tantos
se o encanto
está na diferença?
Continua a
ser o primeiro em tudo,
a ter
certezas, ser vitorioso
competidor,
com o mundo na mão.
Eu
continuarei a chegar sempre depois,
com flores,
palavras, poemas,
para
ouvi-las dizer que te disseram não.
Francisco
Costa
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