Saídas das
sombras, insaciáveis e belas
Travestem-se
E nos
parasitam o imaginário.
Como
conceber os dias sem elas,
Como não nos
curvarmos à evidência
De uma
realidade sorvida só parcial,
Se uma delas
não orienta, apontando
Que mais
além moram deliciosos pecados
E tudo se
esgota em carícias, vivemos
A cata de
oportunidades para beijos.
Musas, ah!
As musas, essas bruxas feito carne
Oferecendo-se
sempre por partes: hálitos, olhares
Cadência de
passos, curvas de quadris, risos...
Sem nunca se
permitirem inteiras e totais.
Bruxa,
eufemismo de artistas
Sinônimo de
mulher!
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