terça-feira, 7 de maio de 2013

SEMPRE ELAS (Pra Joana Tiemangabe, uma bruxinha ciumenta)


Saídas das sombras, insaciáveis e belas
Travestem-se
E nos parasitam o imaginário.

Como conceber os dias sem elas,
Como não nos curvarmos à evidência
De uma realidade sorvida só parcial,

Se uma delas não orienta, apontando
Que mais além moram deliciosos pecados
E tudo se esgota em carícias, vivemos
A cata de oportunidades para beijos.

Musas, ah! As musas, essas bruxas feito carne
Oferecendo-se sempre por partes: hálitos, olhares
Cadência de passos, curvas de quadris, risos...
Sem nunca se permitirem inteiras e totais.

Bruxa, eufemismo de artistas
Sinônimo de mulher!

Rio, 31/10/2012

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