terça-feira, 7 de maio de 2013

RAÍCHA


Por impronunciável o seu nome,
chamá-la-ei Raícha,  e Raícha
ei de gritar mundo, vida afora,
com minha voz reverberando
encantada em cada recanto.

Raícha, repetirá o mar em ondas
ritmadas nas sílabas do seu nome
repetido no vento a disseminar
em todo o mundo: Raícha, Raícha,
a filha do mar, a dona dos ventos.

Raícha, ouvirei no eco das cascatas,
na canção da água nas pedras,
por entre pedras, nos caminhos,
resvalando em folhas e sorrisos.

E em cada noite, pacientemente,
juro, sairei de mim para ser tudo
e com tudo, e em tudo
repetir o seu nome à exaustão:

Raícha, Raícha! Eterna canção,
som de paraíso encarnado gente,
filigranas de sonhos amanhecidos
no mais dentro do meu coração.

Francisco Costa
Rio, 12/12/2012

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