terça-feira, 7 de maio de 2013

RECOMEÇAR


Não me peçam parcimônia, juízo, bom senso.
Eu quero estabelecer o caos, engendrar o caos,
levar as contradições às últimas consequências.

Nada de ordenações, sequencialidades, séries...
Qualquer coisa que possa impedir a desordem.

Que reine soberana a entropia, a impossibilidade
de se estabelecer nexo entre qualquer coisa.

Quero a sopa primitiva, o instante primordial,
o caos como padrão, a confusão, a ausência de nexos,
de maneira tal, que qualquer reinício seja diferente,
estabelecendo parâmetros novos para o fim do caos.

Pode ser que melhore.

Francisco Costa

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