Pronto ao
poema, dispo-me.
Primeiro
a camisa das convenções,
depois as
calças dos conceitos estabelecidos.
Agora os
sapatos dos preconceitos impostos,
as meias das
ambições pessoais insatisfeitas,
e,
aparentemente por fim, as cuecas, grades
dos meus
instintos mais primários, incomodando.
Pareço-me
nu, mais ainda não.
Em esforço
supremo, dispo-me do próprio corpo,
e só
sensibilidade esparramada sobre o teclado,
digito a
primeira letra. Vem aí mais um poema.
Francisco
Costa.
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