Bebo cada um
dos teus poemas,
palavra a
palavra, sequioso, atento,
estabelecendo
nexos entre elas,
procurando
adivinhar quem és,
o que
sentes, o que pensas, quando
despida de
inspiração, só mulher.
Há em ti um
que de fascínio,
qualquer coisa
que não se basta
e atravessa
os poemas, flutua.
Meus poemas
também mudaram,
trazem agora
em si atribuição nova:
acordar-te
da distração, sacudir-te
como num
esbarrão casual,
casualmente
provocado.
Ansio teus
comentários, atento,
buscando
pistas, atos falhos,
confissões
não pretendidas.
Como cauda
de pavão, cada poema
que posto é
isca, matéria de sedução,
braços
abertos, mãos que acenam.
Mais
adiante, sem as máscaras do anonimato
e o pudor
de muitos leitores por testemunhas,
em qualquer cantinho
desse mundo,
nossos
poemas se encontrarão,
nos puxando
junto.
Francisco
Costa
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