Deprimidos,
os meus amigos
vão ao
shopping e compram.
Nostálgicos,
dedilham cédulas
e
executam contas e contos.
E dançam,
frenéticos em êxtase,
numa
catalepsia interminável
de
desconexos esgares, lívidos
e tontos,
suados, exaustos,
numa
sofreguidão de faunos
satisfeitos
diante de corpos nus.
Eu não.
Deprimido, desfaço-me
deixando-me
escorrer
em forma
de letras, palavras, cores.
Talvez
eles não saibam da diferença
entre o
grande e o obeso.
Por isso
não crescem esparramando-se.
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