De que
matéria se tece a inspiração?
Divina ou
diabólica, o que a faz,
apelo a
querer mais, sempre mais?
Talento ou
maldição nos que, atentos,
orbitam
palavras, cores, formas, sonhos...
De
construção constante e sem fim?
Que deuses
ou demônios comprazem-se,
sádicos, com
corações doentes, lacerados,
e crânios em
permanente floração de loucuras?
Inútil o
exorcismo em poemas, esculturas,
Quadros...
Qualquer ação de fuga.
Aos
inspirados, só a rendição,
o recolher
os próprios pedaços no chão
para
edificar qualquer coisa que se emancipe,
e livre de
quem o criou se confesse, ingrato,
filho da
inspiração.
Francisco
Costa
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